Leah Ribeiro Pinheiro: não se aquiete se inquiete (interação de amizade)
O peito sempre aperta, aperta de viver
Aperta de alegria e tristeza também.
Aperta de medo e de esperança,
Que sempre vem.
Aperta disso tudo; ás vezes
De, apenas, alguns...
Aperta da inquietude, de
todo balanço da vida,que é certo,
Que a vida tem.
Não queira se aquietar nas certezas
Da exatidão; porque somente, após de mortos
Nossos peitos sossegarão.
Não se aquiete, se inquiete como
A poetisa Leah Ribeiro Pinheiro.
Se inquiete com o que a ela (e a todos nós) inquieta
“viver pobres migalhas, com o desejo no peito de voar,
De fazer mesmo de cada minuto um viver eterno, unir o medo á coragem
E [...] renascer todos os dias [...].”
Se entregue a inquietude da vida,
Como a criança se entrega a gangorra
Que a balança, pois se, ás vezes, é ruim o tombo,
Melhor é o prazer do vai-e-vem (in)constante,
Porque dele se faz a infância.