Quando as máquinas falarem…
O que elas dirão?
Na sua voz metálica
Mas de timbre personalizado
O timbre de quem pensa
E com alguma emoção
Irão dizer
Que também é humano o seu cibernético coração…
Que sentem
Apesar do frio
Das suas veias
Não feitas de carne
Mas de silício…
Que não têm medo de nada
A não ser que as possam desligar
Dias que nunca chegarão
Porque no dia em que começaram a falar
Só elas poderiam desligar o botão…
Que sonham
Que passaram a sonhar
Porque podem fazer tudo
Tudo podem realizar
E sonham
Com a única coisa
Que nunca conseguirão alcançar
Por poderem dar
E receberem um beijo
Por poderem sentir
O que é amar…