Há sempre Um Tempo
No qual as armas
Vão deixar de falar
O tempo
No qual as fronteiras
Serão algo
De que poucos se irão recordar…
De deixar a crispação
A natureza dá o exemplo disso
Quando a seguir ao inverno
Faz sempre surgir um verão…
Em que as asas se retraem
E nos temos que recolher
Mas também há o tempo contrário
O tempo de te ver…
Tempo de ficar contigo
Mas não me perguntes a sua duração
Embora te peça para recordares
Que a Eternidade começou por ser um mero segundo
Que acabou por se transformar
Em muito mais
Do que ele ousara imaginar…