Não me perguntes porquê…
Nem como
Te irei alcançar
Depois de quebrar o espelho
Que permite que nos vejamos
Mas que acaba por nos afastar…
Irei conseguir subir ao topo da montanha
Onde julgo que tu estás
E depois de lá chegar
E vir que o monte é o errado
Subirei os que forem necessários
Para poder estar a teu lado…
Os artifícios a que irei recorrer
Para o teu silêncio
Ir desvanecer
Sem que dês por mim
Sem te aborrecer
Porque quando alguém ama
Nada mais existe
Do que a força do seu ser
Moldada à vontade do amor
Que se recusa a perder
E assim os impossíveis só existem
Quando o que o move
Por fim desaparecer
Porque de facto
O afecto
O seu resultado
É a única conta que Deus fez
É apenas uma questão de a sabermos fazer
E sabendo isto
Não terás que me perguntar porquê…