TERNURA

Que a saudade que eu sinto de mim

Seja do jardim da minha infância,

E que a mágoa que eu sinto agora

Não me decrete o derradeiro fim...

Porque metade de mim é esta hora,

E a outra metade é só lembrança!

Que eu perca todo o meu dinheiro,

E viva na mais profunda agrura,

Mas que eu esteja sempre inteiro,

E nunca perca a minha ternura...

Porque metade de mim é crasso inverno,

Mas a outra metade é abraço fraterno!

Carlos Henrique Pereira Maia
Enviado por Carlos Henrique Pereira Maia em 07/04/2014
Reeditado em 07/04/2014
Código do texto: T4759955
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.