TERNURA
Que a saudade que eu sinto de mim
Seja do jardim da minha infância,
E que a mágoa que eu sinto agora
Não me decrete o derradeiro fim...
Porque metade de mim é esta hora,
E a outra metade é só lembrança!
Que eu perca todo o meu dinheiro,
E viva na mais profunda agrura,
Mas que eu esteja sempre inteiro,
E nunca perca a minha ternura...
Porque metade de mim é crasso inverno,
Mas a outra metade é abraço fraterno!