BILHETE A UM DESENHISTA

Navegando no ar

vai teu barco, cheio de sonhos.

Chove estrepitosamente,

mas não choras: apenas não tens sorrisos.

De repente, o cais.

Olhas as mãos manchadas de tinta

e escuta o eco das canções

que vêm da cidade portuária,

apinhada de estrangeiros.

Desembarcas

e procuras algum rosto amigo.

Não há inimigos

(piratas e bucaneiros: todos mortos!).

Ali, à esquerda, podes ver?

Há um velho bar.

Em uma de suas mesas,

eu te espero

(para conversar).

Deodato
Enviado por Deodato em 02/05/2007
Código do texto: T471865
Classificação de conteúdo: seguro