VOLTÁS-TE?
VOLTÁS-TE?
As vezes acho...em verdade sinto...que até meus versos me abandonaram...
A saudade da cumplicidade entre mim e ti...vocábulos....me fazem repensar...onde em recantos vocês foram parar..que já não tilintam em mim...naquele delirante afã de criar?
Meu engodo as calou...ou minhas mãos se quebraram...em solidariedade ao meu alquebrado coração...?Ah! se as calei perdão?
Voltem amigas preciosas...pois esta pobre alma precisa voltar a velha forma...pois o silencio me amaldiçoa e corrompe...e eu desacordada estive na ilha da solidão...e a deriva esteve minha alma..inóspita sem a tuas argutas...tuas mesuras...tuas mesocrases...próclises.......enfim tuas peripécias e claro a tua alegria ironizada..
Bem vinda voz em si mesmada...enfim faz as pazes com meu eu de “poetiza” calada....
Calei-me no meu leito de silencio...murado sob os véus escaldantes da saudade que narcotizante...me despetalava em mil lágrimas e me digladiava a alma e me fazia fenecer depois que tudo pra mim se converteu no nada....
Enfim meus olhos secaram....meu peito destroçado...voltou a tentar respirar e minha alma avulsa teve vontade de versar e eu deixei-me levar por este frenesi de poetar....
Enfim voltás-te a me povoar?