A SOLIDÃO DE BRUNA
Pediste-me um poema...
De flores... tantas vezes ditas...
Sempre mais formosas...
Tu entre elas... O olhar de albor...
Um riso de luar...Negras pérolas...
Na face de um Monet...
Borboletas azuis... Um jardim...
O rio... As águas límpidas...
Os pés descalços... A areia...
O frio... Beira o jardim, as águas...
Entre abrolhos... E doces lambaris...
Na tinta em que me envolvo,
A névoa ao monte... Ao vale...
E tu a meditar nos teus amores...
Geraldo Altoé