Falenas

“FALENAS”

Rosa Magaly Guimarães Lucas - Eire

Pelos jardins de nossa casa estão falenas

Como pontinhos coloridos de alegria,

A beijar rosas, margaridas, e verbenas,

Livres, dançando seu ballet de fantasia...

Sigo seu vôo... Vejo-as grandes e pequenas...

E mais e mais cresce em meu peito essa estesia

Que me provocam tardes frescas, mais amenas,

Com suas lembranças que me trazem nostalgia...

Doces momentos quando sinto que a quimera

Pode existir ‘inda que em sonhos e lembranças,

Sutis e breves como é breve a primavera

De uma existência suave e plena de esperanças,

Que aos poucos morrem ante a vida, essa megera,

Até que a morte nos afaste dessas danças.

Jacaraípe, Serra, Espírito Santo, Brasil, 26/03/2007.

***

Amada Eire

Para ficar mais perto de ti,

gloso o terceiro mote do teu poema.

Beijos no coração, Guida

Doces momentos quando sinto que a quimera

Pode existir ‘inda que em sonhos e lembranças,

Sutis e breves como é breve a primavera

#

Doces momentos quando sinto que a quimera

transporta minha emoção sempre em transe,

pelo amor que me encontra em doce espera,

bailando entre as folhas que o vento franze.

Esta é a paixão que trago desvelada na alma.

Pode existir ‘inda que em sonhos e lembranças,

e nela depositarei as mais coloridas palmas,

ainda que em frágeis e intrincadas faianças.

E no voo que alço sendo anjo ou megera,

sinto a vida fluir rápida em seus minutos.

Sutis e breves como é breve a primavera

são eles que marcam meus reais atributos.

Santos, SP

28/03/07

*****

Guida Linhares
Enviado por Guida Linhares em 24/04/2007
Reeditado em 09/05/2007
Código do texto: T461603
Classificação de conteúdo: seguro