VELHO COMPANHEIRO

VELHO COMPANHEIRO

Deitada quentinha em nosso canto:

A minha heroína...

Agitado estou a correr pelos cantos:

O seu covarde...

Postura cândida de quem é santo:

A minha menina...

Agito tudo, balbucio, por enquanto:

Só faço alarde...

Sou parecido com aquele cachorro:

Que ao ver passar...

Sai latindo pelo ladeira do morro:

Atrás do carro...

Quanto mais corre, ele corre mais:

Doido para alcançar...

Mas se o carro parar, ele para :

Ficando sem saber...

O que fazer;

Com o rabo a balançar...

Assim sou eu querida minha:

Este velho que caminha...

A seu lado, ao seu canto, em sua vida:

Por mais que me ignore,

Não lhe deixo de chamar de querida:

Por mais que me esnobe,

Eu seu que é um orgulho passageiro.

Um dia qualquer,

Em um lugar qualquer,

Em qualquer hora.

O seu orgulho de mulher,

Vai precisar

De chamar

o velho companheiro...

Goiânia, 13/11/13.

jurinha caldas
Enviado por jurinha caldas em 13/11/2013
Código do texto: T4569019
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