Nunca nos renderemos…
Tal está fora de questão
Porque seremos outras pessoas
Que não nós
Se vivermos submetidos
A outra Razão…
Nunca nos renderemos…
Depondo as armas
E aceitando uma paz de fancaria
E falando politicamente correcto
Rasurando o que defendemos
Falando numa língua que não é a nossa
Seremos iguais a nós próprios
Até que a igualdade seja uma realidade
E dela
Não uma mera alegoria…
Nunca nos renderemos…
Resistiremos até ao fim
Mesmo que invadam
Destruam
O nosso mais ínfimo reduto
Reduzindo-nos assim à extinção
Porque um dia alguém poderá olhar para o nosso exemplo
E repare
Que mais vale morrer de pé
Do que viver curvado
Mais vale olhar bem nos olhos o nosso executor
Sabendo que ele foi derrotado
Pois não conseguiu o que mais queria de nós:
A nossa rendição…