Bebida forte...
O veneno vencido
De ontem não findou
Os nossos desejos,
– Foi meio perdido...
Nos imaginários beijos
Que meu peito sussurrou.
Sinto tua asa sobre
Os poemas imaginários
Das "nossas" cabeças!
Sinto-te nos solitários
Versos que não me cobre.
– Não te esqueças!
Seja meu conhaque...
Meu cigarro, e se agarro
Teu ego? Virás aqui?
De encontro a um esbarro
Medonho. O saque
Não engana o faquir!
Não posso pedir
Que continues cá comigo.
Passo a passo sinto
Ires embora. "Sorrir"
Em pleno velório, castigo?
Não sei. Tu és meu absinto.
Abro e sinto...
À Raysa Sousa