ADEUS ANDORINHAS
As andorinhas do meu beiral, já migraram,
Nem se despediram, p'ra não chorarem,
P'ra bem longe elas voaram,
Eram a minha maior companhia, voavam,
Davam largas à sua enorme alegria,
Porque muito me queriam.
No beiral da minha casa, construíram seu ninho,
Onde nasceram seus filhotes,
Eram um mimo.
Passavam por mim, querendo dar-me beijos,
Manifestavam sempre esses desejos,
Mas tiveram de migrar.
Temerosas da chegada do cinzento do Outono,
Foram em busca de calor e de sol,
Algures no Globo.
Vou ter saudades das minhas andorinhas tão fofinhas
Espero que elas regressem na primavera,
Que fosse já amanhã, quem me dera.,
Ruy Serrano, 10.09.2013, às 00:48 H