Existe o Céu, a Terra e Tu…
As duas primeiras são coisa de nascença adquiridas
E sem as quais não sei vive
Depois apareceste Tu
Que dás um sabor especial ao dia
E ao anoitecer…
E quando olho para cima sinto uma enorme vontade de evasão
Mas vivo aqui
E aprendi a gostar
De andar com os pés bem assentes no chão
Sendo que és Tu
Que permites que vá mais alto
Sem que tenha de me alienar
E és tu com quem apesar de estar
Acabe também por sonhar…
És pois ao mesmo tempo o meu céu
Que faz com que a recantos infinitos possa viajar
És a minha Terra
Na qual não paro de semear
Aquilo que chamam ternuras
Que quando maduras
No teu colo costumo entregar
O mesmo colo no qual me deito
Acto a que um sábio chamou um dia apenas e tão somente
“Amar”