A Ti Borboletita, se o quiseres ou a alguém que se sinta ligado a estes LAÇOS

Que se estabelecem com um simples olhar

Mas são

Laços

Que por vezes levam livros e uma perpetuidade a se formar

Pois

Laços

De ternura

De um amor que pode ser bem uma forma de amizade

Laços

Que conduzem à eternidade

Mãos entrelaçadas na mais bela união

Laços

Que fazem no seu tocar uma portentosa canção

Beijos que se tocam e fazem surgir em nós o infinito

Beijos que se não repetidos se tornam num mito

De

Laços

De uma imensa meiguice

Do meu olhar difuso e diáfano sempre ausente que mesmo nas ausências revela por Ti uma incansável candura sem qualquer tipo de assumida lírica pieguice

Em

Laços

De uma paz que não tenho quando quero e que ando à procura

Em mares nunca antes navegados onde o que sinto perdura

Na forma de

Laços

Que quase se perdem nas linhas que nunca paro de escrever

Nas entrelinhas onde se pode ler

Que é a Ti que gosto de ver

Ou pelo menos de sentir

Perto ou longe não interessa

Pois nos meus infinitos mundos não encontro um lugar para onde ir

Por isso eu caminho ao contrário do sol

Procurando uma eterna Aurora

Para que caminhe na minha noite eterna iluminado fora

De mim

E bem dentro do mundo que me rodeia, das dores e prazeres

De que a minha personalidade se norteia

Pois hoje foi um dia bom, digo-o sem qualquer tipo de embaraços

Mostrei o que sinto por uma parte de Ti, em silêncio, e assim de certa forma sinto que criei

Laços