VIRAR DE PÁGINA
Já virei as páginas da minha vida vezes sem conta,
Mais uma vez vou virar a página.
A última página escrita foi a dois,
Tudo o que p'ra traz ficou escrito,
Foi real mas considerado proscrito.
Vou passar a escrever as páginas, sózinho,
Páginas de bonita poesia,
Que escrevo com rima e melodia.
Por me pedirem para não fechar o meu livro.
Prometo que não vou parar, enquanto resisto.
Tenho ainda muito p'ra escrever em versos,
De factos surpreendentes, controversos,
Que muitos apreciam, outros nem por isso,
Mas são escritos com verdade e muito siso.
Por inveja, ciúmes ou despeito, desprezam
Tudo o que escrevo com muita paixão,
Fico indiferente, não ligo à provocação,
Não sou só eu a errar, todos erram.
Ruy Serrano, 10.08.2013