UMA ROLINHA NO QUINTAL DE CASA

Você é livre, pode ir e vir,

pra onde quizer, pra qualquer lugar.

Mas você achou graça naquela árvore,

e em minha casa quis morar.

Fez seu ninho, com todo carinho, pra ali habitar.

Minha vida solitária,

agora vivia preenchida com sua presença,

noite e dia era só alegria.

Eu cuidava de você, você de mim,

não descuidavamos.

Minha rotina agora era boa,

isso me alimentava não desgastava.

Mas um dia, de repente,

assim como veio, você se foi.

Não me disse adeus,

nem falou volto depois.

Todo dia, vejo seu ninho desarrumado.

Mas alimento a esperança que um dia vc volte.

Assim como vc veio, um dia vc volte a me procurar

e queira fazer morada definitiva no meu coração.

Não faça eu pensar, que não vale a pena viver.

Volte logo pro seu ninho,

me sinto muito sozinho,

não faça eu mais sofrer, pois posso ate morrer.

Tristeza, solidão pode matar, ela não nos deixa viver.

Lembre os exemplos dos poetas,

que vivem a sofrer, uns morrem cedo,

de tanto amar, amar, amar até morrer.

Reverta essa situação, sinta,

lembra, ouça a voz do coração.

Venha pelo menos me ver,

talvez assim vc possa acreditar.

Que amo você, que dependo de você, juro.

Eu não provoquei essa situação,

aconteceu naturalmente, entrega total,

Dependência geral, que situação, que fui ficar.

Tantas transformações, não sei se posso agüentar,

São tantas emoções, que na vida temos que passar,

Tudo por causa do verbo amar,

e eu quero conjugar em todas as pessoas.

Eu amei, não sei se tu me amaste,

ele amou, nós amamos, e vós amaste?

Será que eles amaram o que eu amei,

eu confirmo, na primeira pessoa do singular.

Confirmo todos os dias.

Eu amo, eu amo, eu amo...

Pra sempre irei te amar...

Autor: Antônio Eraldo (arauto das artes)