Tudo nasce, tudo morre...

para voltar a nascer…

Por isso vejo com certa naturalidade os sonhos a morrerem

Os ideais a esvanecerem

Porque se me manter fiel a eles

Assistirei a outros a nascerem…

Se tiver contida a dor da perda

Terei consciência que tal não é um fim

Mas uma mera renovação

Porque a natureza nos ensina tal

Quando ao inverno

Se sucede o verão…

Por muito tempo que fiques

Por muito que sintamos

Pelo pouco

Ou demasiado

Que nos amamos

A nossa presença

É e será sempre temporária

Porque tudo o que é

Ou se quer livre

Não se pode prender

E para se manter livre

Está condenado à renovação

E sei assim que te voltarei a ver

Assim como o vento

Volta sempre a passar pela montanha

Nem sempre da mesma forma

Nem sempre da mesma maneira

Mas volta

E por isso

Quando vais

Sei que é uma questão de tempo

Até te voltar a ter à minha beira…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 29/07/2013
Reeditado em 29/07/2013
Código do texto: T4409439
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