COMO POSSO SER POETA?
Para ser poeta tem que haver dor?
Como posso escrever o que queres
Se feliz sou?
Posso ser poeta se no amor moro?
Se dos caminhos de muito não sendo
O que posso fazer se hoje já sou?
Como ser poeta se a paz trago
E que vejo que o caminho é simples
Ao me dispor de todos os quereres.....
..............que nos matam
Que nos tiram o sono
Que nos fazem sair do centro
Na busca de expurgar os nós
Como posso ser poeta
Se na alma não tenho lástima
Se na brisa me amparo
Se nos teus olhos me acalmo
Como posso ser poeta
Se nada muito ainda espero
Se dos males já me aparto
Se só na calma eu navego?
Eis que navegar digo é impreciso
Se dos mares não conhecemos
Mas hoje nele já sou só remanso
Nos quatro cantos dos oceanos
Sou só a fina lâmina d’agua
Igual espelho mar em calmaria
Indiferente às correntes revoltas
Relaxado acima das profundezas
Eu calmo agora já navego
E do mar da vida já nada espero
A não ser um leve velejar
Que sei ou cedo ou tarde
Sempre bate na tua praia
Como posso ser poeta
Se a vida já me parece tão simples
Se já não tenho cantos onde me bater
Como posso ser poeta
Se hoje já de nada fujo
E se em ti já me aportei?
Abdico então da poesia
Pois meus labirintos tortos
Antes do fim já decifrei
Agora sigo pelos contornos
Feito agua no seu leito
Feito rio que foi revolto
Feito mar tido caudaloso
Hoje já não posso ser poeta
Pois de tristeza não sei falar
De amor partido já sou inteiro
De sonhos já não me alimento
Por isso só persevero na lida
A outras buscas não caminho
Hoje só permaneço nesta ida
Pois na brisa eu já pressinto
O que é ser feliz sem enleios
www.hserpa.prosaeverso.net
"Não é o lugar em que nos encontramos nem as exterioridades que tornam as pessoas felizes; a felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de si mesmo' Roselis von Sass – www.graal.org.br
Para ser poeta tem que haver dor?
Como posso escrever o que queres
Se feliz sou?
Posso ser poeta se no amor moro?
Se dos caminhos de muito não sendo
O que posso fazer se hoje já sou?
Como ser poeta se a paz trago
E que vejo que o caminho é simples
Ao me dispor de todos os quereres.....
..............que nos matam
Que nos tiram o sono
Que nos fazem sair do centro
Na busca de expurgar os nós
Como posso ser poeta
Se na alma não tenho lástima
Se na brisa me amparo
Se nos teus olhos me acalmo
Como posso ser poeta
Se nada muito ainda espero
Se dos males já me aparto
Se só na calma eu navego?
Eis que navegar digo é impreciso
Se dos mares não conhecemos
Mas hoje nele já sou só remanso
Nos quatro cantos dos oceanos
Sou só a fina lâmina d’agua
Igual espelho mar em calmaria
Indiferente às correntes revoltas
Relaxado acima das profundezas
Eu calmo agora já navego
E do mar da vida já nada espero
A não ser um leve velejar
Que sei ou cedo ou tarde
Sempre bate na tua praia
Como posso ser poeta
Se a vida já me parece tão simples
Se já não tenho cantos onde me bater
Como posso ser poeta
Se hoje já de nada fujo
E se em ti já me aportei?
Abdico então da poesia
Pois meus labirintos tortos
Antes do fim já decifrei
Agora sigo pelos contornos
Feito agua no seu leito
Feito rio que foi revolto
Feito mar tido caudaloso
Hoje já não posso ser poeta
Pois de tristeza não sei falar
De amor partido já sou inteiro
De sonhos já não me alimento
Por isso só persevero na lida
A outras buscas não caminho
Hoje só permaneço nesta ida
Pois na brisa eu já pressinto
O que é ser feliz sem enleios
www.hserpa.prosaeverso.net
"Não é o lugar em que nos encontramos nem as exterioridades que tornam as pessoas felizes; a felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de si mesmo' Roselis von Sass – www.graal.org.br