My, Nana

Noite de verão meu coração estava aberto.

Ela entrou de repente, sem pedir licença.

Qual borboleta a voar num jardim florido.

Parou à minha frente como se flor fosse eu.

O sorriso largo não cabia no rosto meigo.

Boca rosada, olhos vibrantes, cabelos soltos

Palavras doces escorriam de seus lábios.

Parado fiquei, sem ação; abobado mesmo!

Sorriso no canto da boca, franzir da testa,

Ouvidos aguçados, eu atentava às palavras.

Com autoridade de quem sabe o que faz

Deu informações precisas, claras, concisas.

De sua boca continuavam a fluir doce mel.

Provou que sabe o que faz e o que quer.

Tudo perfeito desde o começo até ao fim.

Um "hummm"; um sopro; uma boca gostosa.

Provou do néctar que ela mesma produziu.

Revirou os olhos, sorriu, aprovou o que fez.

Deu-me um beijo doce e me disse "eu volto".

Fechei meus olhos, revistei desde o começo.

HBrasil
Enviado por HBrasil em 06/06/2013
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