Às vezes no silêncio…
Às vezes no silêncio…
Temos vontade do nome do nosso amor gritar
Para logo nos regrarmos
Com medo
Que esse berro mudo alguém possa escutar
Não que seja segredo
Mas porque o nome é tão querido
Que tememos que se o usarmos demasiadas vezes
Ele se possa gastar…
Ou então desejamos que sim
Esse nome seja um segredo
Não por ser pecado esse amar
Mas porque ele merece todo o recato do mundo
Por ser tão belo…
Um belo que nos impele a irmos bem longe
Um belo que nos faz desejar perder as chaves de casa
E a memória da sua localização
Para nos entregarmos às estradas do mundo
Em busca de uma nova casa
Em busca de tudo irmos recomeçar
Bem junto do tal amor
Cujo nome
Receamos pronunciar…
Às vezes no silêncio…