ACENAR
Ela apareceu toda de rosa!
Cheia de prosa
E nos conhecemos.
Que dia feliz!
Estava linda...
Bem maquiada
Traços afinados
Boca adocicada
Parecia admirada
Com o que via
Por aqui.
Então envoltos
Começamos há falar.
Levei-a passear
Para conhecer
Melhor a cidade
Seus pontos turísticos
Como reflexões
Levou-a lembrar
De sua terra natal.
Dizia-me:
Por aqui já vi lugares
Bem parecido
Com o lugar em que nasci.
Então respondi:
De fato há semelhança
E muitos legados
Que um povo do passado
Fizeram por aqui.
Um dia ela se foi...
De volta para casa
A saudade era imensa
E não podia mais ficar.
Levei-a até o Aeroporto
E no seu lindo rosto!
Refletia um desgosto
De não poder por aqui ficar.
Era uma primavera
Que acabava de chegar.
Ofertei-lhe flores
Como prova de amizade
E quando o avião chegou
Ela bem depressa embarcou.
E foi levando sonhos
Em formas de volúpias
Entre nuvens brancas
Por sobre céu de Brigadeiro
Que de tão bem ligeiro
Sobre a visão para o alto
Aquele avião rebombando
Foi amiudando,amiudando
Sobre um enorme infinito
Ao seu destino fadado a chegar.
Porém depois daquela tarde
De belos momentos e saudades
Debrucei-me para lembrar
Que dei-lhe um selinho de despedida
Chamei-te de querida!
Mas não tive coragem de lhe acenar.
José Antonio S. Cruz