Vamos...
Entrar na Noite
Assim como costumamos entrar nos dias
Mas com a componente de libertação
Que nos dá a mistura do álcool
Com a escuridão…
Onde diremos plenamente o que nos vai na alma
Sem que para quem esteja ao nosso lado tal tenha grande importância
Onde erraremos
Pela pressa de tudo fazer antes que a aurora destape
Comportamentos tidos daquela maneira
Porque tal nos servirá de escape…
Brincando à eternidade
Como se a noite durasse até ao fim das nossas vidas
Mas ao mesmo tempo bem depressa
Uma marca de desespero
De impotência
Por o inconsciente que queremos esquecer
Nos indica que tudo acabará dai a pouco
Aos primeiros segundos do amanhecer…
Sabendo que a noite é uma realidade
E simultaneamente uma ilusão
Porque nela fazemos coisas
Dizemos coisas
Que deveriam ser ditas ao sol
Mas que reservamos para a ausência de luz
Porque só nela me vez realmente
E só nela eu vejo objectivamente
Quem és Tu…