Gaia.

Gaia, não a deusa

tampouco o obelisco central.

Não a endeusada

e muito menos a mitológica.

Aquela Gaia. Não a idolatrada,

nem a canonizada pelos gregos,

ou a proclamada pelos panos latins.

Ao vento se vai seu nome: salve Gaia, um copo de vinho; ajoelhem-se!

Ela não rege a terra, não controla seus fundamentos.

Ela não fez o alicerce, tampouco o é.

Gaia: não a terra, não a enraizada.

Não águia, nem guia...

Gaia, aquela lá de longe.

Não um obelisco distante, cheio de gritos.

Gaia, a morena, pequena...

aquela, a amiga, irmã, pequena distante,

alicerçada na pedra angular;

não está alicerçada na terra, tampouco a é.

Gaia, a que tem coração solo fértil...

a tímida e distante amiga;

Gaia, alicerçada na casa segura,

assegurada na rocha das rochas.

Gaia, ovelha guiada pelo pastor,

videira de frutos, fértil, plantada numa cruz, regada com sangue...

Gaia, a que auxilia, é auxiliadora;

a que tem de nome e sobrenome.

A doce e gentil, que agracia seu marido

e é como coroa de honra: mais preciosa que.

Gaia, a quase noiva...

eleita na pedra de escândalo

e assegurada em matrimônio com um alicerce representacional.

Gaia, aquela lá, nossa grande amiga pedregosa, irmã rochosa.

[12/04/13]

Cesare, em tudo capacitado pelo Senhor.

Cesare Turazzi
Enviado por Cesare Turazzi em 12/04/2013
Reeditado em 21/06/2013
Código do texto: T4236364
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