O que fazemos será o nosso eco na Eternidade…
Diz-me quando pretendes partir
Para não estar na estação
Para de ti me despedir
Porque se o fizer
Confundirei o teu caminho com o meu
E fico assim sem saber para onde ir…
Revela-me então
Se quando falas a sós falas apenas para desabafar
Para os teus demónios dissipares
Ou falas
Medindo as palavras
Porque sabes que alguém te irá escutar…
Conta-me se afinal aquela garrafa que mandas-te para o mar
Foi colocada numa corrente bem conhecida
E assim saberias sempre
Que não seria uma pessoa desconhecida
Mas uma do teu conhecimento
Que a iria apanhar…
Ou então estou completamente enganado sobre ti
Confessa lá então
Que acreditas na tua luta
E que nunca te irás render
Porque sabes da justiça da tua causa
Sabes que ela irá um dia vingar
Mesmo que nunca chegues a ver os frutos
Resultantes das lágrimas que deitaste
Do sangue que derramaste
Para que quem nascerá no futuro
Não tenha que passar o que passaste
Porque de facto só terás existido
Se te tiveste batido
Por alguém
Muitas vezes a ti desconhecido
E que grato pelo que fizeste
Em tua memória
Estará sempre contigo…
O que fazemos será o nosso eco na Eternidade…