As crónicas do nada…
Falamos sobre tudo
Mas sobretudo
Somos peritos nas coisas realmente vagas
E tal nos permite pular de assunto em assunto
Ou terminá-los de forma súbita
Porque pouco perdemos dado
A nossa área
Serem
As crónicas do nada…
E por isso não nos podem acusar de sermos frívolos
Sermos superficiais
Porque o que dizemos
O que sentimos
O que fazemos
Serem imensas coisas
Menos as essenciais…
Sendo que o vício
É uma virtude
E quando o perdemos
É como se perdêssemos um bom pecado
Que pode ser feito
Em qualquer outro lado…
Andando sempre em roda
E não no centro
Andando sempre em torno
E nunca no meio de uma questão
E por isso quando a perdemos
Nunca nos faz falta a nossa razão…