À Velocidade da Luz…
Olho para ti
Digo adeus
Até daqui a um bocado
Mais por cortesia
Mais que por boa educação
Do que por acreditar que me vás acompanhar
Enquanto
Para agarrar a vida
E a ultrapassar
Os limites da própria luz
Tente não respeitar…
Sigo à velocidade dos sentires
À velocidade dos sentimentos
E mesmo assim
Sou constantemente ultrapassado pelo tempo…
Exausto
Exaurido
Mas não podendo
Nem querendo descansar
Porque no tempo que o farei
Algo se irá passar
Que só saberei por outras pessoas
E não em primeira-mão
E assim ando
Nem nas curvas
E contra todas as regras
Trave
Ou tente meter travão…
E por isso se me perguntares
Se um dia me irei lembrar de ti
Eu respondo
Que Sim
Mas que não pude ficar
Porque se tivesse ficado
Se te tivesse
Ficaria algo insatisfeito a teu lado
Sentindo que perderia mais um “algo”
Que a vida rapidez existencial produz
Ficaria melhor contigo
Sem dúvida
Mas não consegui
Nunca conseguirei
Porque gosto
E de certa forma estou viciado
Na
Velocidade da luz…