À velocidade da luz…
A indicada
Por nessa rapidez
Nessa ausência de tempo
Não sentimos o tempo a passar
O que só acontece
Quando temos que parar…
Vivendo tão depressa
Que não nos detemos um segundo
Para nada contemplar
Porque fazendo tal em movimento
O tempo não nos pode magoar…
Não tendo tempo
Para ver tudo envelhecer
Não tendo tempo
Para vermos os nossos que nos irão suceder
A crescer…
E se não nos detemos
Dessa passagem
Não nos apercebemos
Vivendo no limite
Para no limite tudo apreciar
Deixando para trás tudo
Porque há sempre mais um tudo
Para conhecer
E assim
Quando tivermos de facto de parar
Apercebemo-nos
Que também nós envelhecemos
Mas não teremos tempo para nos lamentarmos
Pois nessa altura
Dentro de pouco tempo morreremos…