Aos meus amigos
Escolhos os meus amigos
Não pela sua cor
ou seus tipos.
Mas sim pelos seus olhos,
tem que ter brilho questionador,
independente se ri ou sente dor.
Uma tonalidade inquietante,
não interessa os de mau ou bom espirito,
nem os de mau ou bom hábito.
Fico com aqueles
que fazem de mim o que sou.
Não quero respostas,
quero o meu avesso,
que me tragam dúvidas
ou angustias,
aguentando o que há de pior em mim,
para isso,
tem que ser um pouco maluco.
Quero amizades verdadeiras,
para que não duvidem
das diferenças,
pedindo perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos
pela alma limpa,
pela cara exposta.
Não quero só o ombro,
quero também o colo,
quero sua alegria maior.
Amigo que não ri junto,
um dia vai chorar sozinho...
ou talvez aconteça pior
e a situação se inverter.
Meus amigos são assim,
dividindo seriedade,
excluindo falsidades,
não quero risos previsíveis
ou choros piedosos.
Quero amigos que fazem da realidade
uma fonte de aprendizagem,
que lutem e não deixem
a fantasia desaparecer.
Não quero amigos adultos
ou chatos,
quero metade infância,
metade velhice,
crianças sem esquecer o valor
das coisas simples,
velhos que não tenham pressa,
amigos que saibam
o que eu sou ou posso ser.
Desejo menos normalidade
e mais felicidade,
menos padrão
e mais emoção,
menos quantidade
e mais honestidade,
mais justiça no coração
e menos exclusão,
menos preconceito
e mais aceitação,
mais amizade,
mais solidariedade.
Sintam, vivam, aceitem,
conheçam de tudo, experimentem
e amando...
seu coração completem.