Poeta do Acaso

Poeta do acaso...

Acaso da alma...do corpo...do próprio acaso

Intitula-se o sutil moço de logo ali...

Acaso do amor ofensivo... instantes da dor.

Causa suspiros longos até em alma muda...miúda

Decodifica beleza, conduzido por olhares ousados...

...de gentil bom moço...ou gentil bom sarcasmo, moço...?

Assim passas tu...adorável poeta...

...esperando acenos...olhares ardentes...rebolados condizentes....

...moçoilas de sorrisos de canto...olhar baixo... sacudindo

a saia godê...aliviando calor em dias frios..

Recebendo bons dias de distintas senhoras...em sussurros logo atrás:

- Que belo rapaz! Pena que meu tempo se vai.

E lá vai tu, moço... pelo caminho arborizado...

...protegido pelas sombras, para que observe algo mais...

...além de meras olhadas repetitivas...sem nada ver.

Procurando sons...ensaiados em assovios e dedilhadas nas pernas.

Esperando depois de tudo ver...ousar pensar...

...concluir com apenas seu cigarro aceso e sons altissonantes da guitarra companheira...em mais um dia de solidão necessária e bem usufruída.

E assim... onde está o acaso...?

Tudo esperou por ti moço...

Debby peixoto
Enviado por Debby peixoto em 30/01/2013
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