Humanos...
Que adquirimos a nossa grandeza
Na nossa grande cisão
Surgida de sermos capazes de fazermos a arte mais sublime
Ao mesmo tempo que somos obreiros
Da mais sinistra destruição…
Porque a mão que embala o seu berço
É a mão que afoga um berço estranho
Porque amamos sem dúvida
Mas também criamos horrores tamanhos…
Que nos deixam sem fôlego
E em memória das vítimas construímos monumentos de uma beleza sem igual
Para descendentes dessas vítimas
Por vezes se transformarem em algo bestial…
E vivemos
Viveremos sempre assim
Nesta dicotomia
Do amor e do ódio
Serem sentidos com a mesma intensidade
E tal nos perturbar
Mas também seduzir
Somos o único ser que consegue tornar reais os seus sonhos
Para um igual a nós
Se aprestar a destruir…