Humanos...

Que adquirimos a nossa grandeza

Na nossa grande cisão

Surgida de sermos capazes de fazermos a arte mais sublime

Ao mesmo tempo que somos obreiros

Da mais sinistra destruição…

Porque a mão que embala o seu berço

É a mão que afoga um berço estranho

Porque amamos sem dúvida

Mas também criamos horrores tamanhos…

Que nos deixam sem fôlego

E em memória das vítimas construímos monumentos de uma beleza sem igual

Para descendentes dessas vítimas

Por vezes se transformarem em algo bestial…

E vivemos

Viveremos sempre assim

Nesta dicotomia

Do amor e do ódio

Serem sentidos com a mesma intensidade

E tal nos perturbar

Mas também seduzir

Somos o único ser que consegue tornar reais os seus sonhos

Para um igual a nós

Se aprestar a destruir…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 30/01/2013
Código do texto: T4114200
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