AMIGO
Choro a presença de um amigo,
de harmonia, de conciliações.
Não vejo nada nos que vão comigo,
não vejo nada em seus corações.
Dou-me de graça, sem graça alguma.
Faço-me palhaço da risada alheia,
são frias ondas do mar e a bruma,
do teu olhar que assim campeia.
Choro a presença de um amigo,
amigo certo na hora incerta.
Fazendo festa, fazendo abrigo,
Somente o chão, somente alerta.
Choro a presença de um amigo,
se te apresentas, não estou bem certa.
Se és amigo, ou inimigo,
se me esperas, com mãos abertas.