A Ausência…
Estabelecemos assim um padrão
Que satisfazendo
Nunca nos satisfaz de todo
Minimamente
Mas aceitamos tal
Indo contra todos os nossos princípios
Indo contra toda a nossa razão…
De dizermos que a Ausência
É irrelevante
Quando os sentires são poderosos
Quando há uma indestrutível empatia
Entrando logo de seguida em contradição
Porque quem gosta
De quem gosta
Não se deixa perder no meio da imensidão…
Tentando colmatar as feridas
Da não presença
Com palavras sentidas de arrependimento
Mas palavras acima de tudo de diplomacia
Porque o afecto não é compatível
Com o desaparecimento…
E no entanto ambos alimentamos este estado
Com promessas que o próximo regresso será definitivo
Alimentamos mais por vício
Do que por mera intenção
Alimentamos
Porque tal é a nossa essência
E apesar de nos estimarmos
Só somos compatíveis
Quando predomina
A Ausência…