Quis o destino…

Que não tivesse destino nenhum

Que a estrada que percorro

Seja eu que a defino

Sem acreditar

Que foi algo

Ou alguém

Que desconheço de todo

Que me fez lá andar…

Não crendo em profecias

Em oráculos

Em estranhas formas

De uma antiga magia…

Não dando graças aos céus pelos sucessos

Nem culpando ninguém pelos fracassos

Atribuindo tudo isso

Aquilo que eu fiz

Ou aquilo que eu faço…

Sendo pouco nativo da terra que me viu nascer

Nesse aspecto

E que fez do fado a sua canção nacional

Para sublimar a sua tristeza de povo triste contente

Da força

Da minha gente

Que aguenta mais do que é suposto gente aguentar

Que suporta arbitrariedades

Sem minimamente manifestar

A sua revolta

A sua dor

Apenas no fado

E quem está a seu redor

Mas eu não acredito

Desdenho desse tipo de determinismo

Pois em primeira

E última instância

Sou o único responsável

Pelo meu Destino…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 21/01/2013
Código do texto: T4096367
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