EU SÓ VOU GOSTAR DE GOSTA DE MIM

Àquela pessoa,
à qual, dediquei sempre,
muitas ou várias vezes,
total contemplação,
dando o meu contemplativo
de grande admiração,
querendo tornar-me próximo
como amigo em evolução,
mas, que se faz de difícil,
ou se julga superior, sem o ser...
E, enfim, tornou-se a mim,
só dissabor...

Um aviso aos navegantes:
Pode tirar o cavalinho da chuva,
eu não sou uva que se chupa
e joga o caroço fora...
Qual o quê!?... Ora, ora!!!

Posto quê, de ora em diante,
juro pelas barbas de Netuno,
pelos anéis de Saturno
tendo sentimentos “uno”
que não mais quero,
que não vou mais
dedicar uma palavra
que saia de minha lavra
em querendo ser gentil.

Todo ser é tão carente
e desconfortadamente
sofre pela não reciprocidade
numa descontinuidade...

Gentileza é um bem tão incomum,
mas, sempre gera
ainda mais lhaneza...

Vou excluir dos meus círculos e circuitos,
esses “amigos” fortuitos,
que nada têm a oferecer
que me faça comparecer
a dedicar-lhes um pouco
do meu muito, ainda que seja pouco,
desse mundo assim tão louco!!!
Antonio Fernando Peltier
Enviado por Antonio Fernando Peltier em 06/01/2013
Reeditado em 23/03/2013
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