Dançámos…
Que nem parvos
No meio da confusão
Porque só assim
Apesar de não ser a nossa dança
Só assim nos sentiríamos parte da restante multidão…
Que nem loucos
Como se o mundo estivesse a acabar
E aquela dança
Fosse imperativo terminar…
Que nem desesperados
Como se a nossa vida dependesse daquela dança
Se calhar
Porque só nela
Uníamos a esperança
De nos unirmos em silêncio
Nos mesmos passos
No mesmo ritmo
Porque apesar de nos conhecermos demasiado bem
A dança levava-nos a certos campos ainda por explorar
Sentindo quando o fazíamos
Que o tempo estava a terminar
Por existir tanta coisa ainda por revelar
E por isso
Quando nos sentíamos realmente
Só sabíamos
Ou queríamos
Dançar…