Flor da poesia
Era um craveiro tímido,
solitário em deserto jardim,
sem aroma, sem cor,
sem pétala, sem flor.
Não conhecia outro destino,
que não fosse de caule seco,
sem cravo, sem rosa,
sem amigo, sem amor.
Um beija-flor colorido
atravessa vales e mares,
traz um pólen de saudade
da terra das flores mil.
Milagre brota cravos
vermelhos, amarelos, brancos,
emana extasiante perfume
néctar do meu Brasil.
Craveiro sorri de flor
nos ninhos do amor
apaixonado pela rosa
da poesia harmoniosa.
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... ainda sob o impacto da súbita saída de Ninna Flor do Recanto das Letras, alguns dias atrás, na esperança que ela volte em breve.