Dizes-me até amanhã…

Tendo bem a noção que esse dia

Ou essa madrugada

Nunca irão chegar

E a hora em que nos desejarmos ver

É a hora em que teremos que nos separar…

E no entanto dizes essas palavras com uma estranha fé

Numa mistura de um tom banal

E também especial

Como se esperasses que nos veríamos a seguir

Mas sabendo que o tal amanhã não iria chegar

E por isso o sentido que dás a essas palavras

É de tal ordem

Que são essas palavras

O que de Ti com mais carinho irei guardar…

Porque aprendeste bem demais a mais preciosa lição que te dei:

A de que nunca nos devemos despedir de forma definitiva

Terminal

Daqueles de quem gostamos

Ou que nos tocaram de uma forma demasiado especial

Um exercício de socialização

Muitas vezes ilusório

Mas que nos poupa a dor

De saber que nunca mais veremos essa pessoa

Que nunca mais a sentiremos

Substituindo um “até sempre”

Por um “até já”

Porque apesar de todas as desilusões

É

E sempre será

A Esperança

Que nos traz por Cá

É a Esperança

Que mesmo quando caímos

Nos mantém de Pé…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 31/12/2012
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