Nada…
É tão absoluto
Certo
Ou determinante
Que por tal valha matar
Devemos defender tal
Mas se o fizermos para além do razoável
O que defendemos estaremos a negar…
Porque o Nada
É a ausência da razão
Da lei
Do amor
Da humanidade
Da própria essência
Da sensibilidade
E por isso se negarmos os outros
Se renunciarmos à partilha
Seremos o instrumento
Da nossa própria armadilha
Porque mais vale por vezes dizermos
“Sim”
Do que a vontade de um não
Porque nos engrandecemos
E não estaremos a determinar o nosso próprio Fim…