Palácios e senzalas (Uma ceia de Natal para uma escrava solteirona)
Algumas pessoas não olham para você
O medo pode ser
uma forma de se proteger
Isso não é novidade
as preocupações e as responsabilidades
dos gigantes soberanos
pelos quais sou ignorada
Na presença longe às câmeras
Um ser-humano preza sentimentos
um ser-Estado preza seu povo
e ambos caminham com justiça
junto a algo novo
Mas a convivência
ainda que por um momento de silêncio
é um olhar gélido por cima dos óculos imaginários
como um soco no estômago
eu sei o meu lugar. desculpe por ousar imaginar a cor do seu papel-de-parede, me permita à senzala, onde sou livre (mas nem tanto o quanto)
A senzala
nos dias atuais
chega junto aos helicópteros
das gentes dos jornais
E ficamos lado à lado
eles não tem mais medo de nós
e Nós queremos o bem deles
Estou tão orgulhosa
do ponto social
onde chegamos
Que a interatividade nos proporcionou
onde a rato é ouvido
e consegue se esconder atrás do fone-de-ouvido
Eu acredito
que há economia
para uma sociedade
onde todos se manifestam
Mas apesar de ser fã
do Martin Luther King
Quero minha rotina
para mim
[e que seja de liberdade, paz, saúde, prosperidade, trabalho honesto (apesar de cada um ser juiz da própria honestidade. Não vou julgar ninguém, mas quero ter o direito de escolher um trabalho que está nos padrões do meu próprio juízo)....dentre outros goodies que somente Ele nos proporciona]