Palácios e senzalas (Uma ceia de Natal para uma escrava solteirona)

Algumas pessoas não olham para você

O medo pode ser

uma forma de se proteger

Isso não é novidade

as preocupações e as responsabilidades

dos gigantes soberanos

pelos quais sou ignorada

Na presença longe às câmeras

Um ser-humano preza sentimentos

um ser-Estado preza seu povo

e ambos caminham com justiça

junto a algo novo

Mas a convivência

ainda que por um momento de silêncio

é um olhar gélido por cima dos óculos imaginários

como um soco no estômago

eu sei o meu lugar. desculpe por ousar imaginar a cor do seu papel-de-parede, me permita à senzala, onde sou livre (mas nem tanto o quanto)

A senzala

nos dias atuais

chega junto aos helicópteros

das gentes dos jornais

E ficamos lado à lado

eles não tem mais medo de nós

e Nós queremos o bem deles

Estou tão orgulhosa

do ponto social

onde chegamos

Que a interatividade nos proporcionou

onde a rato é ouvido

e consegue se esconder atrás do fone-de-ouvido

Eu acredito

que há economia

para uma sociedade

onde todos se manifestam

Mas apesar de ser fã

do Martin Luther King

Quero minha rotina

para mim

[e que seja de liberdade, paz, saúde, prosperidade, trabalho honesto (apesar de cada um ser juiz da própria honestidade. Não vou julgar ninguém, mas quero ter o direito de escolher um trabalho que está nos padrões do meu próprio juízo)....dentre outros goodies que somente Ele nos proporciona]

Thai
Enviado por Thai em 22/12/2012
Reeditado em 22/12/2012
Código do texto: T4047928
Classificação de conteúdo: seguro
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