Chove em Lisboa…

Não gotas de água do céu

Mas lágrimas de toda uma população

Que viu deturpada por quem elegeu

A palavra “Libertação”…

E lá, na capital, nota-se com maior nitidez a chuva

Porque lá se tomam todas as decisões

Que condenam à miséria

E à tristeza perpétua

Inúmeras gerações…

São pois lágrimas de tristeza

Lágrimas de desilusão

Lágrimas de frustração

Porque em vez dos líderes que precisamos

A politica e o poder

Foram tomados de assalto por negociantes

Que vendem o pouco que temos

Que nos tiram o quase nada que possuímos

Para se alimentarem

Para prosperarem

E fazem tudo isto

Em vez de fazerem o que lhes foi dado pelo nosso voto:

O dever de nos governarem…

E por isso não reconheço o meu país

Não me revejo no meu povo

Que amo de uma maneira que dificilmente sei explicar

Mas que lamentavelmente

E sem praticamente oferecerem resistência

Deixam-se manipular

Deixam-se usar

Sofrendo em silêncio

Morrendo em silêncio

Sendo que a única coisa que de facto sinto

É que perante tudo isto

O meu povo limita-se a chorar…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 16/12/2012
Código do texto: T4038369
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.