Os Mesmos…
Dedos que pintam um quadro a tocar o divino
Pela sua transcendente beleza celestial
São os mesmos que podem pegar numa arma
E semear um atroz
E intraduzível mal…
Lábios que beijam
De uma forma tão sentida
Tão apaixonada
Que apenas o sabor de um mero beijo pode perdurar por toda a eternidade
São os mesmos que podem destilar palavras
E emoções
Repletas de uma condenável fealdade…
Braços
Que amparam
Ou que abraçam
Dando a quem precisa
Uma força
Um ânimo
Que nos fazem continuar
São os mesmos que nos podem sufocar
Numa dicotomia de sensações
Que são o nosso dom
E ao mesmo tempo são a nossa perdição
Divisão
Que para mal de nós
Ninguém sabe realmente explicar…