LÁGRIMAS NA DISTÂNCIA!

Um toque urbano moderno

Traz até mim uma mulher que sofre

A amiga de longa data,

A companheira de viagens,

Minha psicóloga particular.

Meu ombro amigo onde choro

As minhas dores persistentes

Dores de amar sem ser amada.

Hoje sou seu ombro,

Sou a audição paciente,

A razão em vez da emoção.

Sua voz chegando a mim

Pára por instantes

E então percebo pelo silêncio

Teu choro recomeça com as lembranças.

Com as tantas perguntas sem respostas.

Tanto conviver passado, hoje sem valor.

Tantos momentos felizes, esquecidos.

Por aquele que te causa a dor,

Ferindo sem arma alguma

Teu coração ainda apaixonado.

Esperando o tempo passar,

Para que tudo volte como antes.

Mas os olhos não conseguem ver o óbvio.

Não há, não haverá o retorno.

Corpo e alma choram angustiados,

Contaminam os olhos de quem ouve,

As lágrimas agora são de ambas,

Por que são dores tão parecidas,

Já sofridas por tantas outras,

Temos sonhos tão simples,

Sonhos de todas as mulheres.

Vocês entenderam o que quis dizer.

Irene Freitas

16/11/2012

irenefreitas
Enviado por irenefreitas em 16/11/2012
Código do texto: T3989872
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