Desafiámos a ordem do infinito…
Ao estabelecermos um novo paradigma
Rasgando leis que diziam ter criado para o nosso bem
Mas que só nos traziam mal
Porque foram baseadas na lógica comercial
E não num indispensável
Principio moral…
Esquecemos os costumes
Pois estes não eram éticos
Não se baseavam em qualquer tipo de ideal
Eram feitos para controlar
Para tirar da vista de todos as excepções
Porque a ordem do mundo era tudo parecer normal…
Andámos de carro até acabarem as estradas
Perseguimos a pé até nada mais podermos aguentar
Não fugindo de algo
Mas procurando o algo que nos escapava
Procurando o ar que nem na mais alta das montanhas era cristalino
Buscando a derradeira fonte
Onde a água
Não tivesse qualquer tipo de influências
Quer do homem
Quer da natureza
Procurámos a água original
Que tinha vindo das estrelas…
Parando apenas para retemperar forças
Para novas leis colocarmos em causa
E para olharmos para o rosto um do outro
Com medo de nele lermos um sinal de hesitação
Mas tal nunca aconteceu
E apesar de termos perdido todas as nossas lutas
Termos visto desfeitas todas as nossas causas
Vencemos
Vencemos porque perseguimos essa jornada
Porque embora tivessem tornado tudo feio
Os dois teimávamos em achar que tudo ainda poderia ser bonito
Sendo imensamente felizes por tal
E porque com isso
Desafiámos a ordem do infinito…