Quebra...
Um vidro
Se achas que ele está mal colocado
Quebra a regra
De acreditares sempre
No que te diz um sorridente político…
Quebra o ciclo vicioso
De te deixares controlar
Por quem te tira a liberdade
Dizendo sempre tal
Que tal é uma necessidade
Da tua sociedade
Embora essa seja mais uma maneira
De garantir o teu silêncio
Que morres sem falar
De forma ordeira
Sem te atreveres a protestar…
Quebra a paz podre
Em que transformaram a tua existência
Uma paz meramente fictícia
De maneira a garantir que o saque continua sem sobressaltos
O saque da democracia
O saque dos teus direitos
O saque da tua liberdade
Pelos mesmos de sempre
Que se acham mais do que Deuses
Só porque foram legitimados pelo voto
Dado em palavras
Que prontamente desmentiram
Quando se apoderaram do poder
Temporal
Que acham imortal
Sazonal
Porque tem ciclos
Embora eles julguem sempre o contrário
E funcionem nesse sentido
E por isso
Enquanto te matam
Desconfia das suas palavras
E sobretudo
Do seu pérfido sorriso…
Quebra, não deixes de quebrar…