Não te vou deixar…

Andares entre a chuva

Pensando que as seus pingos podes escapar

Não tendo a noção

Que não é só a ti

Que com tal estás a magoar…

Que partas

Sem saberes que me custa ver-te ir

Que sabendo que não podes fazer o contrário

Preenche-me por completo

Quando vejo

E sinto

Os teus olhos a sorrir…

Que a chama que te ilumina

E que também consome

Te destrua no calor dessa luta

Porque a chama é a mesma

Que me toca

E que aprendi a domar

Transformando em momentos de ternura

A altura em que ela se volta contra mim

E ameaça

Mais uma vez

Causar uma insanável ferida…

E por isso não admito

Que cometas erros

Em mim antigos

Não admito

Que caías

Sem que nada possa fazer

Porque gosto de ti

Admiro as tuas batalhas

Servindo-me por isso de inspiração

Não aceito

Que quem menos o merece

Viva uma forma distorcida de exclusão…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 07/11/2012
Reeditado em 07/11/2012
Código do texto: T3973191
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