Não te vou deixar…
Andares entre a chuva
Pensando que as seus pingos podes escapar
Não tendo a noção
Que não é só a ti
Que com tal estás a magoar…
Que partas
Sem saberes que me custa ver-te ir
Que sabendo que não podes fazer o contrário
Preenche-me por completo
Quando vejo
E sinto
Os teus olhos a sorrir…
Que a chama que te ilumina
E que também consome
Te destrua no calor dessa luta
Porque a chama é a mesma
Que me toca
E que aprendi a domar
Transformando em momentos de ternura
A altura em que ela se volta contra mim
E ameaça
Mais uma vez
Causar uma insanável ferida…
E por isso não admito
Que cometas erros
Em mim antigos
Não admito
Que caías
Sem que nada possa fazer
Porque gosto de ti
Admiro as tuas batalhas
Servindo-me por isso de inspiração
Não aceito
Que quem menos o merece
Viva uma forma distorcida de exclusão…