Dormir…
Pela força natural
De ser impossível estar sempre acordado
E porque quando despertasse
Ficaria algo destroçado
Por demasiadas vezes não te encontrar a meu lado…
Dormindo ao acaso
Por prazer
Ou por necessidade
Trocando em medidas iguais ritmos e corpos
Pelo mesmo motivo
Porque nunca se encontra o leito certo
Quando ele é realmente preciso…
Fazer das noites dias
E dos dias noites
Aprendendo a viver numa espécie de sonambulismo
Que nos ameaça insensibilizar
Quando demasiadas vezes se torna afectivo…
Porque todos precisamos de Uma Noite
Para colocar tudo em dia
De Uma Noite
Onde tenhamos um porto de abrigo
Para realmente descansarmos
Até retomarmos a nossa marcha
Quando ameaça findar
Mais uma madrugada
Porque sem ti posso-me sentir vazio
Mas se parar para dormir
Sinto-me demasiado sem nada…