Coração de poeta!
Coração de poeta!
Entre os muros gelados do meu silêncio
Arrancando-me todo o meu sentimento
Cravando-o de espinhos o meu coração
Deixando-o, a sangrar tanta é a sua dor!
Os rios que antes eram cristalinos, claros
Vestiram-se, de vestes vermelhas e grossas
Ninguém sabe o tamanho desta minha dor
Nem mesmo conhece as pedras do meu caminho...
E foi Deus, com toda a sua bondade que enviou
Um poderoso amor, despertando todos os oceanos
Revirando-os nas suas profundezas, desmentindo
Toda a tristeza que antes jazia no meu pobre coração!
E o meu coração de novo despertou e tão feliz
Vestindo-o de todas as cores do fantástico arco-íris
Trazendo-me de novo a esperança ao meu sentir
Escreve o coração, como escreve sem ter mais medo...
Medo de sentir este amor e escrito nas estrelas
Assim é o coração de poeta, poetando de novo
Cravado de novos sentimentos e muitos desabafos
Dando a vida pelas palavras e sentimentos meus...
Betimartins