Migração dos Pássaros

Desponta um sol mais breve

Sopros frios anunciam o inverno

Resquícios surgem,

A neve.

Com o fim do tempo fraterno

Morre assim o vento leve

Solstícios rugem, eles sabem:

Está perto.

Eles tem o corpo elegante

E os olhos azuis brilhantes.

Eles sabem quando é a hora

De partir.

Quando há fome, dor e medo

Quando a noite não tem fim...

Sussurram quando ainda é cedo

Quando o céu é cor de Anil.

E estão todos presentes

Não há saudades.

Partem com suas asas quentes

Vorazes.

E para eles não há amor

Nem amizade,

Para eles não deve haver dor,

Nem maldade.

E voando em imenso azul,

Na direção do vento

Voam sem algum saber

Num céu nu.

Apenas vivem o momento,

Refletidos em um mar no sul,

Não refletem, voam

No azulado tempo.

Desponta um sol febril

Sopros quentes anunciam o verão

Resquícios nascem,

O Floril.

Com o fim do branco vão

Morre assim o vento frio

Alísios fongem, eles sabem:

Tempo pio.

Eles tem o corpo elegante

E os olhos azuis brilhantes.

Eles sabem quando é a hora

De pousar.

Pousam, então, as aves

Após a migração

Sem donas, sem coração,

Livres.

Victor Yomika
Enviado por Victor Yomika em 16/10/2012
Reeditado em 16/10/2012
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