Olha para o espelho…
E conseguirás ver um eco da eternidade
Se olhares bem
Porque sendo nós filhos das estrelas
E netos da grande explosão inicial
Quando nos vemos
Vemos traços
De uma época
Onde a ordem
Surgiu de uma enorme confusão…
Repara
Não na figura humana
Mas no milagre que a natureza fez nascer
Quando átomos aleatórios
Se conjugaram de forma casual
E deram forma ao nosso ser…
Não repares no olhar quer triste quer alegre
Na forma
Do seu cabelo
Na sua aparência
Imediata
Olha
E tenta ver o fundo dos tempos
Porque se herdámos traços físicos e mentais dos nossos antepassados
Também temos em nós
Uma parte do Começo
Olha
Não um humano
Mas uma forma do Todo Universal
Olha como deves olhar
E notarás que nessa figura
Está uma parte do Primordial…